segunda-feira, 8 de maio de 2017

Portugal - Fauna & Caça - ‘GALINHOLAS’, de Fernando de Araújo Ferreira - Tomar 1949 - MUITO RARO;









Portugal - Fauna & Caça - Uma obra sobre esta espécie cinegética, da autoria do tomarense Fernando de Araújo Ferreira, com fotografias do seu irmão, capitão do exército, Júlio de Araújo Ferreira, um amante da vida animal e da caça em território continental, ilhas e antigas províncias ultramarinas portuguesas 


‘GALINHOLAS’ 
De Fernando de Araújo Ferreira 
Fotografias de Júlio de Araújo Ferreira 
Tomar 1949 


Livro com 140 páginas, ilustrado (fotografias e mapas) e em muito bom estado de conservação. 
De muito, muito difícil localização. 
MUITO, MUITO RARO.


Do PREFÁCIO: 
"(…) Não sei se já repararam neles, na expressão desses olhos, quando à vossa mão vai parar uma galinhola de asa... Eu creio que nenhum caçador, que tenha sensibilidade, possa demorar a sua atenção no olhar da galinhola sem que sinta pena, sem que lá dentro haja uma certa revolta por roubar aquela vida à extensão das florestas, à solidão do seu destino. Olhos que parecem chorar muito embora não haja lágrimas vulgares, líquidas, mas sim as que se adivinham na expressão pungente que nos lança, expressão de desalento de saudade.
É assim e eu o sinto... mas no fundo sou essencialmente caçador, corre-me nas veias aquele fogo primário que através de tudo, da própria sensibilidade, nos faz andar em frente como o animal que caça, como o homem bárbaro das cavernas, ou, até, como a ‘mesmíssima’ galinhola - cuja agonia sentimos - ao devorar os seus vermes.

(…) Caçador é aquele que entregue a si mesmo, sozinho se necessário for, sabe procurar e sabe perseguir, se adapta aos terrenos e parece dotado dum sexto-sentido a que os ‘caçarretas’ chamam muito simplesmente... ‘leiteira’. Caçador não é sinónimo de matador e muito menos de exterminador.
O vulgo, aqueles que vivem longe das realidades do mato, confundem muita vez o bom atirador com o bom caçador. E no entanto a diferença é notória e vasta.

(…) A caça das galinholas, de salto e na floresta, é só para caçadores, para os que têm em si o ‘fogo sagrado’.

(…) A vida começa e termina ali, num cão que se pára, numa galinhola que salta, numa finalidade que se realiza. Nada mais para além, nem cidades, nem mundo, nem lutas ou misérias humanas; nós, a vida livre, a raíz da nossa condição de animal caçador a embeber-se na seiva natural que nos envolve.

(…) Para muitos não há mais do que horas da mesma vida, hoje, amanhã, depois... sempre!
Horas civilizadas de funcionários ou empregados, do homem de hoje, horas que rolam iguais pela vida fora, o mesmo pão, a mesma ‘fome’, a mesma cama, e a esperança doutro rumo a esfumar-se na eterna e gelada realidade ou a acalentar-se como sonho inútil e perdido.
Porque não há-de ser a caça para esses... LIBERTAÇÃO!
Perdidos em considerações fechámos este capítulo. Perdoem-nos os caçadores." 

Fernando de Araújo Ferreira 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
PREFÁCIO 
Tomar, Fev. 1949 

Generalidades 
A Ave 
Ninho e filhos 
Da migração 
Hábito e crenças 
A Caça 
Considerações Finais 
Cartas recebidas 

NOTA
Corrigindo 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

Sem comentários:

Enviar um comentário

APÓS A SUA MENSAGEM INDIQUE O SEU E-MAIL E CONTACTO TELEFÓNICO
After your message, please leave your e-mail address or other contact.